TRÍDUO PASCAL - PARTE 3
abril 15, 20203º DIA: SÁBADO SANTO / VIGÍLIA PASCAL
SÁBADO SANTO
Durante o Sábado Santo a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua paixão e sua morte, sua descida à mansão dos mortos e esperando na oração e no jejum sua ressurreição.
No tocante a liturgia recomenda-se que
durante o sábado, antes da Vigília Pascal, não celebra-se a eucaristia. A tristeza pela morte de Jesus, celebrada no dia anterior, prolonga-se simbolicamente até a celebração da Páscoa. No sábado celebra-se apenas a liturgia das horas diante do altar despido e da cruz de Cristo (Guillermo Rosas, ss.cc; in CELAM, 2007: p. 35).
Este dia é chamado por muito de "Dia do Silêncio": a comunidade cristã vela junto ao sepulcro. Calam os sinos e os instrumentos. É ensaiado o aleluia, mas em voz baixa. É o dia para aprofundar. Para contemplar. "Por isso tudo dizemos que muito cedo se vai abrindo passagem à consideração desse dia como dia de paz e espera" (E. Aliaga in: BOROBIO, 2000: p. 111).
A espiritualidade do Sábado Santo
O altar está despojado. O sacrário aberto e vazio. A Cruz continua entronizada desde o dia anterior. Central, iluminada, com um pano vermelho com o louro da vitória. Deus morreu. Quis vencer com sua própria dor o mal da humanidade. É o dia da ausência. O Esposo nos foi arrebatado. Dia de dor, de repouso, de esperança, de solidão. O próprio Cristo está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado. Depois de seu último grito da cruz "por que me abandonaste?", agora ele cala no sepulcro. Descansa: "consummantum est", "tudo está consumado". Mas este silêncio pode ser chamado de plenitude da palavra. O assombro é eloquente. "Fulget crucis mysterium", "resplandece o mistério da Cruz".
O Sábado é o dia em que experimentamos o vazio. Se a fé, ungida de esperança, não visse no horizonte último desta realidade, cairíamos no desalento: "nós o experimentávamos… ", diziam os discípulos de Emaús.
É um dia de meditação e silêncio. Algo parecido à cena que nos descreve o livro de Jó, quando os amigos que foram visitá-lo, ao ver o seu estado, ficaram mudos, atônitos frente à sua imensa dor: "Sentaram-se no chão ao lado dele, sete dias e sete noites, sem dizer-lhe uma palavra, vendo como era atroz seu sofrimento" (Jó 2, 13).
Ou seja, não é um dia vazio em que "não acontece nada". Nem uma duplicação da Sexta-feira. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo em que pode ir uma pessoa. E junto a Ele, como sua Mãe Maria, está a Igreja, a esposa. Calada, como ele. O Sábado está no próprio coração do Tríduo Pascal. Entre a morte da Sexta-feira e a ressurreição do Domingo nos detemos no sepulcro. Um dia ponte, mas com personalidade. São três aspectos -não tanto momentos cronológicos- de um mesmo e único mistério, o mesmo da Páscoa de Jesus: morto, sepultado, ressuscitado:
"...se despojou de sua posição e tomou a condição de escravo…se rebaixou até se submeter inclusive à morte, quer dizer, conhecesse o estado de morte, o estado de separação entre sua alma e seu corpo, durante o tempo compreendido entre o momento em que Ele expirou na cruz e o momento em que ressuscitou. Este estado de Cristo morto é o mistério do sepulcro e da descida à mansão dos mortos. É o mistério do Sábado Santo em que Cristo depositado na tumba manifesta o grande repouso sabático de Deus depois de realizar a salvação dos homens, que estabelece na paz o universo inteiro".
A VIGÍLIA PASCAL
A Vigília Pascal é a celebração mais importante do ano, a culminação do Tríduo Pascal e da Semana Santa e é o eixo de toda a vida cristã, "neste sentido é que deve ser entendida a expressão de Santo Agostinho, quando diz que a 'Noite Santa é a mãe de todas as vigílias'" (cf. MARCILI, 2009: p. 521).
Nesta celebração da Vigília Pascal
[...] a Igreja espera vigilante a Ressurreição de Cristo e a celebra nos sacramentos. Por conseguinte, toda a celebração dessa vigília sagrada deve ser feita durante a noite, de tal modo que ou comece depois de iniciada a noite ou acabe antes da aurora do domingo (Guillermo Rosas, ss.cc; in CELAM, 2007: p. 35).
No entanto esta celebração, ainda está longe de significar algo importante para nosso povo, que está presente, sobretudo, nas procissões da Sexta-feira. Para muitos de nossos fiéis, a Sexta-feira Santa ainda é o dia decisivo. Em suma, a ressurreição de Jesus é fato básico da confissão de fé, comunicação de uma nova vida e inauguração de novas relações com Deus.
Como surgiu esta celebração?
A vigília pascal mais antiga que se tem conhecimento é a do século III. Até o ano 215, segundo a tradição de Hipólito, o batismo era celebrado, com a eucaristia, na vigília pascal. Isto se tornou de modo geral no século IV.
A vigília pascal abre o terceiro dia do Tríduo Pascal e o dia máximo da festa do ano litúrgico. É uma celebração repleta de símbolos: o fogo do início; o círio aceso nesse fogo e levado em procissão até o templo enquanto se canta a aclamação "luz de Cristo"; o precônio pascal, obra-mestra da literatura litúrgica; extensa liturgia da palavra, que percorre toda a história da salvação; a celebração da iniciação cristã - se há - ; renovação das promessas batismais acompanhada da aspersão com água benta; e, finalmente, a eucaristia, que mais que nenhuma outra do ano é memoria agradecida pelo mistério pascal de Cristo (Guillermo Rosas, ss.cc; in CELAM, 2007: p. 35).
Vejamos agora as 04 partes deste rito e como estas foram integradas no decorrer da história da Igreja.
a) Liturgia da Luz
No fim do século IV algumas Igrejas introduziram o lucernário pascal, que posteriormente foi estendido a todas a Igreja.
O costume é de origem irlandesa e é provavelmente a cristianização de um costume pagão. No século VIII ingressou na Alemanha, como se pode ver um questionamento feito por São Bonifácio ao Papa Zacarias (741-752), o qual, todavia, diz que em Roma, o "fogo novo" (ignem per sacerdotem renovabitur) é tomado das três grandes lâmpadas, que se conservam acesas na parte mais escondida da Igreja. Praticamente, para Roma o "fogo novo" nada mais era do que a "luz" do círio pascal e não um verdadeiro "rito do fogo" (cf. MARCILI, 2009: p. 521-522).
Contudo quando esta pratica passa a ser de fato no rito desta celebração? Conforme o teólogo E. Aliaga foi somente a partir do século XII que o rito da benção do fogo começou a ser atestado (cf. E. Aliaga in: BOROBIO, 2000: p. 114).
Este último em Roma só será encontrado muito tardiamente, em torno dos séc. XI e XII: mas também aqui, quando aparece, adquire o sentido (folclorístico) religioso que já tinha nos países do Norte, porque parte do fogo novo era tomado pelo povo e levado para casa para acender novamente o fogo que havia sido apagado (cf. MARCILI, 2009: p. 522).
No Pontificado do Papa Pio XII (1955) foi efetuada uma reforma da semana santa onde se "restabelece esse uso incorporando-o plenamente à celebração dessa solene vigília" (cf. E. Aliaga in: BOROBIO, 2000: p. 114).
1. Benção do Fogo
O lucernário, ou rito do fogo e da luz, tem sua origem na prática judaica e cristã primitivas de acender uma lâmpada ao anoitecer, juntamente com uma benção.
Acontece à noite, fora do templo, ao redor do círio, símbolo de Cristo, e os batizados reunidos com suas velas, onde o presidente da celebração explica o sentido de toda a vigília, que
"[...] trata-se de ficar em vigília orando e reviver a páscoa do Senhor na escuta da palavra e na participação dos sacramentos; e Jesus Cristo ressuscitado confirmará a esperança de participar de sua vitória gloriosa sobre a morte e de viver com ele em Deus" (E. Aliaga in: BOROBIO, 2000: p. 114).
Os fiéis, com as velas apagadas na mão, são os "Exilados". Na sequencia ocorre a benção do fogo onde se "[...] acende o círio pascal que evoca a luz de Jesus que ressuscita em sua glória" (E. Aliaga in: BOROBIO, 2000: p. 114). Com fogo abençoado acende-se o círio pascal, e com ela acendem as velas que os fiéis carregam.
2. Procissão com Círio Pascal rumo a Igreja
Em seguida forma-se uma procissão que sai do local de preparação do círio pascal ao redor do lucernário (fogueira que teve o seu fogo abençoado) em direção a igreja, previamente preparada e adornada.
A procissão até o altar é presidida pelo diácono, que carrega o círio aceso e canta por três vezes "Luz de Cristo", a que o povo responde: "Graças a Deus". Essa processão evoca o caminhar do povo hebreu no deserto à luz da coluna de fogo, mas evoca sobretudo palavras do próprio Jesus: "Eu sou a luz do mundo, aquele que vem em meu seguimento não andará nas trevas; ele terá a luz que conduz à vida" (Jo 8,12). O sentido pascal e escatológico dessa procissão aparece com evidência: somos o novo povo de Deus nascido da páscoa; peregrinos, seguimos Jesus ressuscitado - a um só tempo nossa cabeça e luz do mundo - através do deserto da vida presente até a pátria celeste (E. Aliaga in: BOROBIO, 2000: p. 114).
3. Precônio Pascal
Já dentro do templo (igreja) coloca-se o círio no presbitério, e ele domina a assembleia. então o diácono proclama solenemente - na alegria da luz de Jesus ressuscitado - as festas pascais (cf. E. Aliaga in: BOROBIO, 2000: p. 114). Em seguida se proclama o precônio pascal, canto de esperança e triunfo que "é o novo nome (retomado da antiguidade) do rito que anteriormente era chamado de benção do círio (cf. MARCILI, 2009: p. 522) .
O pregão pascal, anuncia tematicamente a mensagem da ressurreição e celebra - com esplêndida prece de ação de graças - as maravilhas operadas por Deus nessa noite santa, vértice de toda a história da salvação: o pecado de Adão, de que fomos redimidos pelo sangue de Cristo; as figuras da redenção; o cordeiro; a passagem pelo mar vermelho; a coluna de fogo. O hino passa a celebrar - de modo altamente poético - a vitória pascal de Cristo até chegar a conhecida passagem: "Necessário foi o pecado de Adão, apagado pelo sangue de Cristo. Feliz a culpa que mereceu tão grande Redentor" (E. Aliaga in: BOROBIO, 2000: p. 115).
Por fim durante o canto do Exultet cabem aclamações festivas da Assembleia.
b) Liturgia da Palavra
Esta segunda parte descreve a história da salvação. São fundamentais as leituras do Gênesis (criação), Êxodo (libertação do Egito), Profetas (haverá uma nova libertação) e o Evangelho (proclamação da ressurreição).
Esta parte consiste em uma introdução catequética e de várias leituras que narram a história da salvação, até chegar ao evangelho.
As primeiras sete leituras, tomadas do Antigo Testamento, enunciam figurativamente os mistérios pascais: a criação do mundo e do homem, o sacrifício de Abraão e a passagem do mar Vermelho, e um texto escatológico do livro de Isaías (54, 5-14). Proclama-se em seguida três leituras que se dirigem mais diretamente à celebração do batismo. A própria leitura de Paulo também é batismal (Rm 6,3-11) e termina com a leitura do descobrimento do túmulo vazio e o anúncio do anjo: Jesus ressuscitou!, segundo o relato de cada sinótico (evangelhos de Mateus [ano A], Marcos [ano B] e Lucas [ano C]) em cada um dos anos do ciclo trienal (E. Aliaga in: BOROBIO, 2000: p. 115).
As leituras são intercaladas com salmos, e breves orações e por fim durante o canto do Glória proclamamos a ressurreição, aplaudimos, cantamos festivamente de modo que tudo deve deve gravitar em torno da Páscoa do Senhor.
c) Liturgia Batismal
A terceira parte celebra o novo nascimento. Se desenvolve especialmente quando há batismos, especialmente de adultos. No caso de batismo das crianças, os pais fazem o pedido, o presidente da comunidade responde. Em seguida efetua-se o canto da Ladainha de Todos os Santos.
Terminada a litania efetua-se a benção da água que será utilizada para o batismo (no caso de não haver batismo será usada também para a aspersão do povo logo após a renovação das promessas batismais).
A benção da fonte significa que a graça do batismo não sai da água como elemento material, mas o Espírito Santo que a santifica; essa ideia se expressa mediante o sinal da imersão do círio na fonte batismal enquanto o sacerdote diz: "Nós te pedimos Senhor, que o poder do Espírito Santo desça, por teu Filho, sobre a água dessa fonte, para que os que foram sepultados com Cristo, em sua morte, ressuscitem com ele pelo batismo para a vida" (E. Aliaga in: BOROBIO, 2000: p. 116-117).
Em seguida segue-se com a profissão de fé e os compromissos cristãos e da-se início as batismos.
As promessas batismais são renovadas estando todos de pé, com as velas acesas, mediante um diálogo que é concluído com a aspersão da água benta sobre os presentes. Um grande aplauso inicia o ato sacramental.
d) Liturgia Eucarística
A Eucaristia é o cume da vigília.
Eis-nos cerne da vigília pascal: são os primeiros momentos do grande dia esperado, o dia que fez o Senhor, a alvorada do dia que contemplou Jesus ressuscitado. Tudo o que a Igreja realiza durante o ano litúrgico converge para essa eucaristia pascal e parte dela (E. Aliaga in: BOROBIO, 2000: p. 117).
Os recém-batizados (no caso os adultos) passam agora a participar ativamente na oração universal, procissão das oferendas (ofertório) e comunhão. Conforme ressalta o teólogo E. Aliaga:
A iniciação cristã, ou seja, a participação nos mistérios - desde os primeiros séculos -, começava com o batismo e a confirmação, e completava-se com a oferenda do sacrifício. Revestidos com as vestes brancas, com o círio na mão aceso, os neófitos entravam na Igreja cantando o salmo 42, cujo estribilho era precisamente: "Aproximar-me-ei do altar de Deus". Era a primeira vez que os eleitos participavam da liturgia eucarística. Mas participavam ainda não instruídos sobre seu pleno sentido, o que lhes era explicado na semana seguinte, chamada "in albis". Sua participação que, em seu lugar faziam seus padrinhos; recitavam-se, porém, seus nomes na própria celebração da sucaristia antes da consagração (E. Aliaga in: BOROBIO, 2000: p. 117-118).
Após a devida monição, a solene preparação do altar segue-se a anáfora. Após a comunhão, os fiéis após a benção final podem se reunir para um encontro festivo, em no qual o que não deve faltar é um simples ágape onde possam participar todos os assistentes.
Por fim cabe lembrar que a Eucaristia Pascal anuncia solenemente a morte do Senhor e proclama a ressurreição na espera de sua vinda.
DOMINGO DE PÁSCOA: A MISSA PASCAL
A missa do domingo de Páscoa é relatada somente a partir dos séc. IV-V, quando a vigília pascal passou a ser concluída antes da meia-noite (cf. MARCILI, 2009: p. 526).
O teólogo Guillermo Rosas ss.cc, destaca os principais aspectos que compõe esta celebração do Domingo de Páscoa da seguinte forma:
O domingo da ressurreição tem, além disso, uma missa do dia, no qual se canta bonita sequência pascal. Na vigília, nas missas da ressurreição e em todo o tempo pascal o branco litúrgico simboliza o resplendor da vida nova. O "Aleluia", que havia sido calado durante a quaresma, volta a ser cantado com renovada alegria a partir desse dia, especialmente durante o tempo pascal. (Guillermo Rosas, ss.cc; in CELAM, 2007: p. 35-36).
A espiritualidade pascal expressa na liturgia
Na Eucaristia do Domingo da Ressurreição se comenta a experiência do tríduo, e vários participantes do mesmo dão testemunho ao reconhecer que sua vida cristã foi fortalecida por estas celebrações regeneradoras, por meio dos "exercícios espirituais" litúrgicos.
A liturgia desse dia de páscoa celebra esse acontecimento pascal como "dia de Cristo, o Senhor". As leituras bíblicas contêm o querigma pascal e a recordação dos compromissos da vida nova em Jesus ressuscitado; acentuam o valor sacramental da celebração da páscoa que faz entrar por sua participação em uma condição de vida nova (E. Aliaga in: BOROBIO, 2000: p. 118-119).
O acontecimento pascal, sacramentalmente celebrado na Eucaristia, não se reduz apenas a Cristo e à Igreja, mas está relacionado ao mundo e com a história.
Os textos eucológicos [1] contêm a temática da relação entre páscoa e eucaristia, Espírito e unidade dos fiéis, juntamente com outros temas complementares. O prefácio apresenta como motivo de ação de graças o fato de Jesus, ao aceitar por nós a morte, ter destruído a morte, e ressuscitar, ter aberto um futuro de vida ao homem pelo dom de sua própria vida (E. Aliaga in: BOROBIO, 2000: p. 119).
A Eucaristia Pascal é promessa da Páscoa do universo, uma vez cumprida a totalidade da justiça que exige o reino. do para compartilhar a Páscoa Senhor, que, mantido em comunidade, antecipa a reconciliação com Deus e fraternidade universal.
Jesus é o homem novo porque é o homem verdadeiro, o homem pensado e querido por Deus, perfeitamente fiel a sua vocação de homem: cumpre até o fim a vontade do Pai. É o homem que supera a ilusão de poder ajudar-se a si mesmo valendo-se apenas das próprias forças. Só Jesus realizou plenamente a verdadeira vocação humana porque é Homem-Deus (E. Aliaga in: BOROBIO, 2000: p. 118-119).
O dia pascal da ressurreição, Jesus comeu com os discípulos de Emaús e com os onze no cenáculo. São refeições transitórias entre a ressurreição e a vinda do Espírito. Essas refeições expressam a perdão aos discípulos e a fé na ressurreição. Elas ligam as refeições pré-pascais de Jesus com a Eucaristia. Denominada "fração do pão" por Lucas e "ceia do Senhor", por Paulo, eram celebradas ao entardecer, no momento da refeição principal. Havia desde o princípio um serviço eucarístico (mesa do Senhor) e um serviço caritativo (mesa dos pobres). Se festejava o "primeiro dia da semana" com um ritmo zelosamente guardado. Surge assim a celebração do dia do Senhor (páscoa semanal) e pouco tempo depois a celebração anual da Páscoa.
Por fim todos estes sinais que o Tríduo Pascal vai nos direcionando por meio desta celebração que se desenvolve nestes três dias culmina na ressurreição e vitória total de Jesus que
Notas:
[1] A palavra eucologia etimologicamente significa o estudo ou a ciência da oração, mas é também o conjunto de orações de um livro litúrgico, como ainda de uma tradição litúrgica ou mesmo de uma celebração. Assim como as leituras bíblicas nos apresentam o que Deus nos quer comunicar, os textos eucológicos são as orações que nós dirigimos a Deus. Entendida como o conjunto da oração da Igreja, a eucologia é de índole bíblica, de grande valor, pois, orante, com conteúdo de vasto sentido teológico, litúrgico e pastoral. Nesse conjunto de orações, predominam as chamadas orações presidenciais, que, pela voz do sacerdote ou do bispo, quando presidem a assembleia litúrgica, são verdadeiras orações de toda a Igreja. Na liturgia, os bispos e sacerdotes são sinais visíveis da unidade dos fiéis em torno de Cristo, e a ação deles vai então realizar-se de duas maneiras e simultaneamente: "in persona Christi", isto é, na pessoa de Cristo, e "in nomine ecclesiae", ou seja, em nome da Igreja. Incluem-se nessa realidade eucológica também as orações da Liturgia das Horas, que são rezadas também pelos religiosos e leigos nos ofícios próprios (cf. Disponível em João de Araújo in: http://www.joaodearaujo.com.br/default.asp?pag=p000022 - acesso em 15-04-2020).
Referências:
BOROBIO, Dionisio. A celebração na Igreja: III-ritmos e tempos da celebração. - São Paulo: Edições Loyola, 2000.
CELAM. Manual de Liturgia, volume IV: a celebração do mistério pascal: outras expressões celebrativas do mistério Pascal e a liturgia na vida da Igreja. - São Paulo: Paulus, 2007. - (Manual de liturgia)
MARCILI, Salvatore. Sinais do mistério de Cristo: teologia liturgica dos sacramentos, espiritualidade e ano litúrgico. 1ª ed - São Paulo: Paulinas, 2009. - (Coleção liturgia fundamental)
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